Carta I

segunda-feira, fevereiro 23, 2009 / Publicada por Rui Pedro /

“Querida Catherine:

Lamento não te ter falado durante tanto tempo.

Sinto que andei perdido…

…sem rota, nem bússola.

Estava sempre a esbarrar nas coisas, talvez por carolice.

Nunca me tinha sentido perdido.

Tu eras o meu verdadeiro Norte.

Quando tu eras o meu porto, sabia sempre voltar para casa.

Perdoa ter ficado tão zangado quando partiste.

Continuo a achar que foram cometidos alguns erros…

…e estou à espera que Deus os corrija.

Mas já ando melhor.

O trabalho ajuda-me.

Acima de tudo, tu ajudas-me.

Ontem apareceste-me num sonho, com aquele teu sorriso…

…que sempre me prendeu a ti…

…e me consolou.

Tudo que me lembro do sonho…

…foi uma sensação de paz.

Acordei com essa sensação…

…e tentei conservá-la tanto quanto me foi possível.

Escrevo para te dizer que estou a trabalhar para alcançar essa paz.

E para te dizer que lamento tantas coisas.

Lamento não ter tratado melhor de ti. ..

…para que não passasses minuto algum doente, com frio ou com medo. “

“Lamento não me ter esforcado mais…

…por te dizer aquilo que sentia.

Lamento nunca ter arranjado a guarda da porta.

Arranjei-a agora.

Lamento as discussões que tive contigo.

Lamento não te ter pedido mais vezes desculpa. . .

…por ser demasiado orgulhoso.

Lamento não ter elogiado…

…tudo aquilo que vestias e todos os teus penteados.

Lamento não te ter agarrado com tanta força…

…que nem Deus te pudesse arrancar de mim. “

“Com todo o meu amor, G. “


As palavras que nunca de te direi de Nicholas Sparks




Não encontro palavras para descrever este texto, apenas suspiros...

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