“Querida Catherine:
Lamento não te ter falado durante tanto tempo.
Sinto que andei perdido…
…sem rota, nem bússola.
Estava sempre a esbarrar nas coisas, talvez por carolice.
Nunca me tinha sentido perdido.
Tu eras o meu verdadeiro Norte.
Quando tu eras o meu porto, sabia sempre voltar para casa.
Perdoa ter ficado tão zangado quando partiste.
Continuo a achar que foram cometidos alguns erros…
…e estou à espera que Deus os corrija.
Mas já ando melhor.
O trabalho ajuda-me.
Acima de tudo, tu ajudas-me.
Ontem apareceste-me num sonho, com aquele teu sorriso…
…que sempre me prendeu a ti…
…e me consolou.
Tudo que me lembro do sonho…
…foi uma sensação de paz.
Acordei com essa sensação…
…e tentei conservá-la tanto quanto me foi possível.
Escrevo para te dizer que estou a trabalhar para alcançar essa paz.
E para te dizer que lamento tantas coisas.
Lamento não ter tratado melhor de ti. ..
…para que não passasses minuto algum doente, com frio ou com medo. “
“Lamento não me ter esforcado mais…
…por te dizer aquilo que sentia.
Lamento nunca ter arranjado a guarda da porta.
Arranjei-a agora.
Lamento as discussões que tive contigo.
Lamento não te ter pedido mais vezes desculpa. . .
…por ser demasiado orgulhoso.
Lamento não ter elogiado…
…tudo aquilo que vestias e todos os teus penteados.
Lamento não te ter agarrado com tanta força…
…que nem Deus te pudesse arrancar de mim. “
“Com todo o meu amor, G. “
As palavras que nunca de te direi de Nicholas Sparks
Não encontro palavras para descrever este texto, apenas suspiros...
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