Gira, Sol, Gira.
E eu Girava.
Naquela tarde tudo parecia perfeito.
Na soleira da porta o Sol aquecia a estrada e dava-me uma nova vida.
Aqueceu-me o coração e eu aqueci-lhe a alma.
O campo de girassóis estendia-se à minha frente como uma imensidão de um mar laranja e amarelo. Aí quem me dera navegar nele!
Soltem-me as amarras!
Gira, Sol, Gira.
E o Sol girava.
Os dias passavam, iguais a si próprios e eu ali, a deixar que aquela tarde de Verão me aquecesse a alma.
E os Girassóis que giravam com ele.
E eu que girava com eles.
E com eles a roda do Leme.
Gira, Sol.
Encontrei o caminho descalça num tapete de pétalas.
Deixei-me cair nos seus braços, desamparada, com a certeza que me iriam amparar a queda.
E naveguei no mar de Girassóis.
Girei, e aqui estou de novo.
Gira, Sol,
Gira...
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